Referência em peixes, Bar Sororoca estreia novo endereço na Vila Madalena

 Amplo salão do
Amplo salão do "novo" Sororoca | foto: Bruno Geraldi e Crudo

O Sororoca mudou de endereço e foi exatamente por isso que voltei lá para o almoço. A casa deixou Pinheiros e agora ocupa um espaço maior na Vila Madalena, mais amplo, arejado e confortável, sem abrir mão da informalidade que sempre definiu o lugar.

Logo ao sentar, fica claro que a transformação não é apenas espacial. O balcão ganha protagonismo, o serviço funciona com mais respiro e o ritmo da casa convida a ficar, pedir aos poucos, dividir os pratos e deixar o almoço seguir sem pressa.

Com o novo espaço, a proposta do Sororoca fica ainda mais evidente. O projeto nasceu do interesse comum de três chefs, Gustavo Rodrigues, Marcelo Corrêa Bastos e Thiago Castanho, em trabalhar com peixes e frutos do mar no auge do frescor, recebidos inteiros, tratados com cuidado e servidos de forma integral, respeitando o ingrediente do começo ao fim, com Marília Sriubas responsável pelo atendimento do salão.

 O ótimo crudo de olhete, servido com gema de ovo e conserva de cogumelo | foto: Fred Sabbag
O ótimo crudo de olhete, servido com gema de ovo e conserva de cogumelo | foto: Fred Sabbag

Esse cuidado aparece claramente no que chega à mesa. Comecei pelo crudo de olhete servido com gema de ovo e conserva de cogumelo e, em seguida, veio o ceviche de pargo com leite de tigre de pipoca, ambos superequilibrados.

Nos copos, escolhi dois drinques que conversam diretamente com o clima do Sororoca e com o calor. A carta de coquetéis, elaborada por João Piccolo, acompanha bem essa proposta e é um convite para voltar para provar de tudo.

Bebi o Tucura, feito com cachaça, limão cravo e cordial de limões, uma leitura leve e refrescante da caipirinha, além do Marujo, quase "negroni de verão" que leva rum, vermute, Campari e coco, equilibrando amargor e frescor sem pesar.

A sequência do almoço passou por petiscos, que ajudam a entender bem o espírito do Sororoca, como prensadinho de mapará que chega com cara de comida japonesa, a excelente casquinha de siri e o famoso bao de açaí com peixe frito (que por si só já justificaria a ida à casa apenas para comer o sanduíche).

Para fechar, pedi o pargo na brasa com arroz de tomate. O prato resume bem a proposta da casa. Fogo bem controlado, peixe suculento servido inteiro e acompanhamento simples, mas cheio de sabor. Não há excesso nem tentativa de impressionar, apenas execução precisa e respeito integral ao ingrediente.

 O cardápio traz como novidade moqueca capixaba e baiana, além de um menu executivo | foto: Bruno Geraldi e Crudo
O cardápio traz como novidade moqueca capixaba e baiana, além de um menu executivo | foto: Bruno Geraldi e Crudo

O "novo" Sororoca ainda traz novidades como moquecas nas versões baiana e capixaba e um menu executivo que será serviço de terça a sexta-feira, a convidativos R$ 79 (com entrada e prato principal, podendo acrescentar sobremesa e café por mais R$ 22).

Com horários ampliados e funcionamento no almoço durante a semana, o Sororoca se consolida como um endereço que conversa bem com os dias quentes de São Paulo. Peixe fresco, técnica sem rigidez e mesas pensadas para compartilhar continuam sendo o centro da experiência, agora em um espaço que comporta melhor tudo o que a casa sempre se propôs a fazer.

Serviço:

Bar Sororoca: Rua Harmonia, 321, Vila Madalena | 4ª à Sábado, das 12h às 16h30 e das 19h às 23h e Domingo das 12h às 16h30 | @bar.sororoca



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